segunda-feira, 19 de outubro de 2015

À MANEIRA DE ALMEIDA GARRETT

No âmbito da Escrita com a Literatura, pediu-se aos alunos do 11º 4 que selecionassem algumas palavras de poemas de Almeida Garrett e, com elas, elaborassem um pastiche. O resultado está à vista:

Ai! Este amor dolorido
Que corrompe a minha alma
Faz com que o céu fique colorido
E ao mesmo tempo faz-me perder a calma

Ai! Este amor desconhecido
Pois sendo irresistível
Eu fico enraivecido

Porque sei que é impossível

Sabrina Santos

Gostar é viver,
Amar é permanecer,
Quando estes sentimentos cessam,
Nos olhos vão morrer.

Gostar é viver,
Amar é permanecer,
Quando estes sentimentos cessam,
Nos olhos vão morrer.

Se esse amor traidor
Me deixa despido de paixão
Eu fico gelado ou triste,
Mas, indiferente, não!
Duarte Lopes 

Dói-me a alma por ti,
E o coração, por mim.
Se alguma vez menti,
Foi para ser assim!

A tua face tão bela
É como o paraíso
Assim é ela - singela!
A dona do meu sorriso.

O prazer de amar?
Pode ser lindo e puro
Mas se me queres afastar
Vou viver no escuro.

 
Patrícia Mota

 Leighton
Naquele Inverno ardente,
Em teus olhos eu só via paixão
Fizeram-me crer que eras sincera
Mas... teu coração revelou-se gelado

Alma traidora que engana um inocente
Devolve-me demónio... aquilo que perdi
Mentiste sem pensar para tudo me tirar
Triste aqui estou, com vontade de me matar 
 Carolina Bonito 

                                               

                                                      
Nos meus olhos sinceros
Vê-se o amor indiferente
Olhos agitados
Que amam tristemente

Roubaste o meu coração
Que posso eu fazer?
Viver em negação
Do amor que me fizeste crer

Ofereces-me flores
Tentas iludir-me
Morro de amores
E continuo a ferir-me

Continuas a mentir
Ao meu coração despido
Continuas a ferir
Um amor sentido
                              Daniela Paiva Borges 

Ilusão
                      Sempre que me revia em teus olhos
                      E em tua face me desmentia
 Visconde de Menezes
Minha postura, meu parecer
Em ti se desfazia!

Nunca cheguei a pensar  
Que tudo em mim verias
Mas acreditei que este amor
Tudo superaria

Mas para além de traição
Toda a sinceridade evaporou
E toda a beleza da ilusão
No passado ficou.
                                     Adelaide Nunes





Amor em que eu quero crer

É neste amor que eu quero crer
Com o meu coração abrasado
É nos teus olhos e nesta sincera paixão que quero viver
Que torna o meu dia tão agitado

Depois de uma alma tantas vezes traída
Há algo que me desmente
Viajo por uma rua comprida
Que me diz que Deus, este amor consente.
                                              Margarida Groz



Rosa sem espinhos

Creio nessa rosa de Deus
Beleza pura
Não há igual
Vivo desolado
Suplicando o seu amor
Demonstro que a amo
Corro atrás
Mas a sua essência
Consome a minha alma
Acordo, durmo
E em sonhos pergunto
-Onde estás?
Só então percebo
Que a rosa
só espinhos

deixou de ser a minha flor

Anilda Teixeira

Creio que aqueles olhos me deixaram despida,
Sem folhas para me cobrir me sinto tão bela, tão linda.
Menos que uma rainha sem deixar seus olhos,
Aquele traidor me tira os folhos.

Creio que aqueles olhos me deixaram sozinha,
Sem aqueles olhos fiquei tão ferida,
Se ele voltarem devolvem-me a alegria,
Tão sincera, tão querida.

Porque me sinto despida, linda, sincera
Se aquele traidor,
Dono daqueles olhos
Quer que eu me perca?

Pois bem,
Perdida eu fiquei
e por aquele traidor, então
Morrerei.

Inês Neves

segunda-feira, 18 de maio de 2015

À MANEIRA DE CAMÕES

MOTE

Não gostamos d'ir à escola,
Queremos ficar a dormir
E nem de casa sair.

VOLTA

Queremos ficar a jogar
Sem trabalhos para fazer,
Relaxar e TV ver,
Com os amigos falar...
Só nos queremos baldar,
Queremos ficar a dormir
E nem de casa sair.

Miguel Almeida,nº22 e Rafael Travassos,nº24 (10º1)
maio 2015

À MANEIRA DE CAMÕES

MOTE

Fechado no coração
De onde é difícil sair
E é obrigado a partir.

VOLTAS

Dominando-lhe os seus sonhos
Sugando-lhe a sua vida
Uma pobre alma perdida...
Causando sonhos medonhos
Em corações tão tristonhos
De onde é difícil sair,
É obrigado a partir.

Assombrada por uma alma
Que dantes tanto amava,
Somente um adeus bastava...
Uma vida nada calma,
Um coração numa palma
Para sempre a dormir
Uma cara a sorrir.
David Pedrosa,nº9 e Joana Miranda,nº16, 10º1ª

À MANEIRA DE CAMÕES

MOTE (alheio)

Descalça vai pera fonte
Maria pela verdura
Vai fermosa, não segura

VOLTA

Dançando lá vai feliz
Com seus cabelos ao vento,
À espera do tal momento
De chegar ao chafariz
E molhar o seu nariz,
Reencontrar o seu amado
Cujo amor é tão estimado.

Esterllayne Pereira,nº11
Sílvia Bernardo, nº 26 (TURMA 1,10º ANO)

À MANEIRA DE CAMÕES


MOTE

Com destino a Santarém
Partimos numa aventura
confiantes com postura

VOLTA

Levamos tudo na mente
Com ideias preparadas
Desde cedo já fixadas
Prevemos um dia quente
Ia ser tudo diferente
Com diversão à mistura
Confiantes com postura

Beatriz Pereira,nº6, 10º1
Joana Azevedo,nº15, 10º1

À MANEIRA DE CAMÕES

MOTE

Tapete, os pés descalços
A noite, chuva, sorriso...
Tu és tudo o que eu preciso.

VOLTA

Numa noite acorrida
És a lua, gota e sono...
Mostro-te como é tão bom
Corações numa batida.
Eu sinto-me tão perdida,
Falta-me todo o juízo,
Tu és tudo o que eu preciso.

Ana Carolina Silva, 11 de maio 2015

À MANEIRA DE CAMÕES

MOTE
Lá vai ela pela estrada,
Com muitíssima amargura,
Alegria é que não dura.

VOLTAS

Sozinha chega à ponte
Onde encontra o amado,
Nos sonhos namorado,
Sem trazer água da Fonte,
Olhando para o horizonte,
Tentando ignorar a vida
Para ganhar a corrida.

Indo a correr p'ra casa
Nota rosas pelo chão
que lhe servem de inspiração.
Enquanto que esta arrasa.
A bela é uma brasa
Que pensa que está perdida,
Mas que só fora esquecida.


Ismael Cabral, nº11,10º5

À MANEIRA DE CAMÕES

MOTE

Agora estou no estádio
Para ver o campeão
A nossa grande paixão.

VOLTA

Hoje, a Luz está no ponto,
Os azuis estão com medo,
Isso não é nenhum segredo,
O que eu agora vos conto...
O Porto até fica tonto!
Que orgulho eu ser lampião!
Digam olá ao campeão.

Antré,nº5,10º1,maio 2015
Iolanda,nº13, 10º1

domingo, 1 de março de 2015


Após a leitura de A Jangada de Pedra de José Saramago, o aluno
Micael Teixeira (11º3-Literatura Portuguesa) acendeu a sua chama da
nossa tradição de grandes poetas:

Imperial magnífica
Lá vai ela flutuando
Remível e fantástica
Como uma ave voando

O pousar da ave parece longínquo
Como se não fosse acontecer
Sempre morta e sem vida
Acabou de renascer

Vejo-a como uma Fénix
Das cinzas renascida
Reencontra o fogo
De uma sociedade perdida

Já voa por territórios amigos
Cabo Verde e Angola
Continua flutuando
A ave luso-espanhola

Circula, circula
No gigante esférico
Com as suas feridas

Espalhando o seu grande sangue ibérico!