segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Vamos lá com o Pessoa...



(...)

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.(...)







   Na sequência da abordagem do poema de Fernando Pessoa, "Dizem que finjo ou minto", desafiei os alunos a subirem ao seu terraço e a descreverem o que viam. O resultado foi este, no 12º4.
                                                                  ProfªFilomena Ponte Silva


Eu vi uma mancha branca no meu terraço, não havia nada a rodeá-lo, a limitar-lhe o espaço em que se inseria; poderia ser uma página onde eu pudesse escrever os meus desejos ou as minhas aspirações, sem ter medo de não os realizar ou não conseguir “subir” pela escada certa ou até onde quisesse chegar.

Duarte Lopes


No meu terraço
No meu terraço vejo claridade, liberdade e espaço,
Vejo plantas exóticas, animais e amigos,
Vejo o que quero ver e quem quero ver,
No meu terraço vejo paz

Eduardo Mateus


Depois de um longo dia, decido ir espairecer para o terraço, tem sido o melhor sítio para estar nos últimos tempos. Subi as escadas e após abrir a porta deparei-me com imensa luz noturna, vinda dos outros prédios. Está uma noite linda, quer dizer nesta cidade tem estado sempre.
O terraço não é muito grande, tem apenas um banco e imensas flores à volta, minimalista, mas o suficiente para descansar e ficar apenas eu e o meu livro.

Catarina Morais

Após subir as escadas e abrir a porta, caminhei ao longo do terraço, que se encontrava totalmente vazio. Perante mim, avistei uma belíssima paisagem de toda a cidade, as pessoas a apressarem-se ao longo da calçada e o trânsito que se fazia sentir na estrada. Senti, além de tudo, uma paz interior, inexplicável.

Patrícia Mota


Deste terraço:

Deste terraço vi a imensidão da noite , a beleza do luar.
Deste terraço vi as estrelas, a luz de quem amo e de quem me faz sorrir. Vi o desconhecido, um eterno caminho que me leva à esperança e me faz acreditar.
Deste terraço vi o céu , o céu a brilhar. Vi a noite, a paz mais profunda que poderia sentir.
Mas acima de tudo...vi a felicidade, a felicidade que anseio atingir.

Adelaide Nunes

quarta-feira, 9 de março de 2016

Continuando a escrever como o Eça...

       
           Mariana Gomes era uma rapariga de 17 anos, de estatura média, cabelos loiros e curtos. Vivia com os pais e os seus três irmãos, em Lisboa. A sua vida era bastante ativa, visto que tinha bastantes atividades extracurriculares. Era uma rapariga amigável, divertida, simpática, engraçada e ambiciosa. Sonhava ser arquiteta , por isso fazia de tudo para conseguir ter um ótimo percurso escolar e entrar na faculdade. Passado algum tempo, acabou os seus estudos no secundário e passou então ao ensino superior, onde notou uma grande diferença e isso fez com que se empenhasse ainda mais nos estudos e que não se destraísse um único segundo na altura de estudar e de se empenhar nos seus objetivos.
        A certa altura da faculdade, na época de exames, começou a estudar intensivamente para que depois durante a prova não houvesse qualquer hipótese de falhar. Ao receber a nota do primeiro exame, notou que aquele árduo estudo lhe tinha sido quase em vão, ou seja, a nota que tinha obtido não era a desejada e por isso nos exames seguintes estudou ainda mais e com novos métodos para que não voltasse a falhar. Após acontecer algumas vezes esta situação, Mariana, começou a duvidar das suas capacidades e de que realmente merecia estar naquela faculdade. Basicamente, começou a entrar um pouco em pânico, pois via os exames a passar e as notas a não serem as desejadas, o que iria significar que no futuro estas notas iriam prejudicá- la na procura de emprego. Mariana ficou bastante concentrada naquelas situações de fracasso e isso fez com que perdesse a motivação, com que desistisse, duvidasse de si própria, questionasse as capacidades e com que levasse inteiros dias em stress. Um dos defeitos que tinha era não falar com ninguém acerca dos seus problemas, ela pensava que ao fazê – lo iria estar a maçar as outras. E não percebia que fazendo esse desabafo poderia ser que as coisas melhorassem para o seu lado. Certo dia, a mãe de Mariana encontrou – a no quarto a chorar compulsivamente e sem qualquer razão aparente. Ficou preocupada. Chegou junto dela e começou a fazer perguntas sobre o motivo daquilo estar a acontecer e o porquê de ela ter baixado as notas na faculdade… Estaria com algum problema? Tivera acontecido algo que a deixasse desmotivada? Essas eram perguntas constantes na cabeça da mãe de Mariana. A certa altura, Mariana acabou por dizer à mãe que sentia que o seu esforço era em vão e que todas as horas perdidas em frente de uma secretária, a ler, a sublinhar, a fazer exercícios não chegavam para atingir as notas que ela queria. Isso fazia com que se sentisse triste, em baixo e sem motivação para continuar. A mãe dela acabou por lhe dizer que nem tudo pode correr sempre bem e que, quando nos encontramos nessas situações, o que devemos fazer é levantarmo – nos e continuar a trabalhar, porque se desistimos, que é muito mais fácil, acabamos por depois não conseguir remediar a asneira que fizemos. Aquilo que toda a gente deve ter e que Mariana não tinha era confiança e autoestima, ela acabava sempre por se achar inferior porque os outros conseguiam e ela não. Não devemos sentir – nos assim, cada um de nós tem as suas capacidades e é nisso que temos de nos focar.


Com a criação desta personagem o que pretendi criticar foi o facto das pessoas não acreditarem nelas ou seja, todos nós uma vez na vida temos vontade de desistir e como é o mais fácil acabamos sempre por cair nessa asneira. Nunca devemos deixar de acreditar em nós próprios, porque se nós não acreditamos, mais ninguém vai acreditar. E por isso que uma das coisas mais importantes que podemos fazer é lutar pelos nossos sonhos e mostrar aos outros que sempre duvidaram do que éramos capazes, que realmente conseguimos cumprir os nossos objetivos, mas ainda mais importante é mostrarmos a nós próprios que conseguimos e que desistir não é solução!
Ana Maciel, nº1 11º1

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Escrevendo como o nosso Eça? Ora essa...


             

Infidelidade

Mafalda Bonaparte  era uma senhora de cabelos loiros, encaracolados e reluzentes, que vivia em Lisboa.
 Levava uma vida dupla e boémia, sujeitando o seu marido a traições contínuas e frequentes. Mafalda buscava permanentemente o prazer vindo de outros homens, muitos deles casados.
Acima de tudo era uma mulher infiel e traiçoeira que de mais ninguém queria saber para além de si própria.


Alexandre Sobral, nº13, 11º3
Jenevieva Cuino, nº6, 11º3


    Vício no jogo
     Esmeralda Pinho, uma mulher esbelta e excêntrica, nasceu nos arredores de Covelas numa tarde de verão. Passou nessa aldeia grande parte da sua adolescência tendo sempre querido incessantemente mudar-se para Cascais, devido ao facto de não ver o seu futuro naquela aldeia.
     Quando Esmeralda se muda para a tão esperada vila, não possui carro nem carta, visto que, em Covelas, a sua família passava dificuldades. Era também uma mulher pouco social e reservada e, como não conhecia ninguém na nova localidade, não tinha muitos amigos.
      Foi então em Cascais, quando se começou a deparar com grandes lojas, luxos e tentações, que começou o seu intenso e insaciável vício no jogo. Neste mundo, foi conhecendo pessoas bastante influentes ficando cada vez mais viciada e obcecada por dinheiro, até que chegou a um ponto em que já estava loucamente presa no vício, acabando por perder tudo e por tornar-se depressiva, transtornada e solitária.

Jéssica Neves nº11
Mafalda Vincent nº16

Turma 11º1ª





               





             
             Chamava-se Adelaide. O seu andar era gracioso e formoso; os longos e luxuriosos caracóis loiros caíam-lhe pelas costas como que uma cascata de finos fios de ouro. Não guardava nenhum comentário para si, elogiava o requinte e o sofisticado e criticava a sociedade em seu redor com palavras frias e duras. Comportava-se formalmente com a gentileza de uma senhora, vestindo apenas as modas mais recentes da alta costura. Contava histórias que não passavam de pura fantasia , demonstrando a todos o quão culta e viajada era. A sua luxuosa e boémia vida não passava de uma mentira que Adelaide Lopes levava de forma a ser vista como superior perante todos.

David Pedrosa, nº6 11º1
Joana Miranda, nº13 11º1

                Bernardo Vasconcelos, com 35 anos de vida, presidente do Banco de Portugal, um homem extremamente inteligente, com uma habilidade para a manipulação fora do comum, perfecionista, estratéga e materialista, faz de tudo para atingir os seus fins, não se importando com os meios que tem de usar.
               É um homem com o corpo ideal de um herói clássico, o cabelo preto e longo, os olhos azuis e grandes, cativando qualquer um.
              Cada dia, vive coberto com caros e únicos fatos feitos por alfaiates italianos.

Ângela Antunes, nº3, 11º5
Tiago Silva, nº 9, 11º3


     Encontrei novamente Amâncio no café da esquina à espera da sua abertura para fazer a sua aposta diária.
     Amâncio vinha com o seu robe velho e curto, as suas pantufas grandes e quentes, com olheiras que demonstram muito cansaço pela espera.
     Amâncio era careca, com ar muito calmo e sempre ansioso para apostar no Placard e no Totobola. Este homem era rico e gordo, viciado e egoísta. Desde que começou a apostar, nunca ganhou e este homem aposta simplesmente desde 2014.
    Toda a vizinhança falava de Amâncio Ernesto Figueiredo da Costa Silva, pois este era um apostador compulsivo que acreditava que um dia iria ter 3% das ações do Placard.

Ismael Cabral, nº5, 11º5
André Varela, nº2, 11º5

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

E se, no século XIX, houvesse iphones e smartphones?


Curiosos?

Leiam o resultado, elaborado cuidadosamente pelos alunos de Literatura Portuguesa, com erros ortográficos e tudo. O que responderia Teresa ao seu adorado Simão em 2016?


Camilo Castelo Branco, AMOR DE PERDIÇÃO

Para conheceres os autores dos textos, passa o ponteiro do rato sobre as imagens.

Catarina Morais e Isabel Lopes - 11º4