quarta-feira, 9 de março de 2016

Continuando a escrever como o Eça...

       
           Mariana Gomes era uma rapariga de 17 anos, de estatura média, cabelos loiros e curtos. Vivia com os pais e os seus três irmãos, em Lisboa. A sua vida era bastante ativa, visto que tinha bastantes atividades extracurriculares. Era uma rapariga amigável, divertida, simpática, engraçada e ambiciosa. Sonhava ser arquiteta , por isso fazia de tudo para conseguir ter um ótimo percurso escolar e entrar na faculdade. Passado algum tempo, acabou os seus estudos no secundário e passou então ao ensino superior, onde notou uma grande diferença e isso fez com que se empenhasse ainda mais nos estudos e que não se destraísse um único segundo na altura de estudar e de se empenhar nos seus objetivos.
        A certa altura da faculdade, na época de exames, começou a estudar intensivamente para que depois durante a prova não houvesse qualquer hipótese de falhar. Ao receber a nota do primeiro exame, notou que aquele árduo estudo lhe tinha sido quase em vão, ou seja, a nota que tinha obtido não era a desejada e por isso nos exames seguintes estudou ainda mais e com novos métodos para que não voltasse a falhar. Após acontecer algumas vezes esta situação, Mariana, começou a duvidar das suas capacidades e de que realmente merecia estar naquela faculdade. Basicamente, começou a entrar um pouco em pânico, pois via os exames a passar e as notas a não serem as desejadas, o que iria significar que no futuro estas notas iriam prejudicá- la na procura de emprego. Mariana ficou bastante concentrada naquelas situações de fracasso e isso fez com que perdesse a motivação, com que desistisse, duvidasse de si própria, questionasse as capacidades e com que levasse inteiros dias em stress. Um dos defeitos que tinha era não falar com ninguém acerca dos seus problemas, ela pensava que ao fazê – lo iria estar a maçar as outras. E não percebia que fazendo esse desabafo poderia ser que as coisas melhorassem para o seu lado. Certo dia, a mãe de Mariana encontrou – a no quarto a chorar compulsivamente e sem qualquer razão aparente. Ficou preocupada. Chegou junto dela e começou a fazer perguntas sobre o motivo daquilo estar a acontecer e o porquê de ela ter baixado as notas na faculdade… Estaria com algum problema? Tivera acontecido algo que a deixasse desmotivada? Essas eram perguntas constantes na cabeça da mãe de Mariana. A certa altura, Mariana acabou por dizer à mãe que sentia que o seu esforço era em vão e que todas as horas perdidas em frente de uma secretária, a ler, a sublinhar, a fazer exercícios não chegavam para atingir as notas que ela queria. Isso fazia com que se sentisse triste, em baixo e sem motivação para continuar. A mãe dela acabou por lhe dizer que nem tudo pode correr sempre bem e que, quando nos encontramos nessas situações, o que devemos fazer é levantarmo – nos e continuar a trabalhar, porque se desistimos, que é muito mais fácil, acabamos por depois não conseguir remediar a asneira que fizemos. Aquilo que toda a gente deve ter e que Mariana não tinha era confiança e autoestima, ela acabava sempre por se achar inferior porque os outros conseguiam e ela não. Não devemos sentir – nos assim, cada um de nós tem as suas capacidades e é nisso que temos de nos focar.


Com a criação desta personagem o que pretendi criticar foi o facto das pessoas não acreditarem nelas ou seja, todos nós uma vez na vida temos vontade de desistir e como é o mais fácil acabamos sempre por cair nessa asneira. Nunca devemos deixar de acreditar em nós próprios, porque se nós não acreditamos, mais ninguém vai acreditar. E por isso que uma das coisas mais importantes que podemos fazer é lutar pelos nossos sonhos e mostrar aos outros que sempre duvidaram do que éramos capazes, que realmente conseguimos cumprir os nossos objetivos, mas ainda mais importante é mostrarmos a nós próprios que conseguimos e que desistir não é solução!
Ana Maciel, nº1 11º1